Análises de alianças e de cenários políticos são temas de debate promovido pela Abrig

“Ao realizar este encontro, nós temos a possibilidade de apresentar e debater sobre diferentes pontos de vistas para, a partir daí, construir uma percepção mais completa e realista daquilo que está acontecendo na política”.

Na última quarta-feira, dia 06, a Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) retomou os eventos presenciais com o “Diálogo Abrig – Análises de Cenários Políticos 2022/2023”, a fim de debater os desdobramentos pós-eleições e dialogar sobre as oportunidades e os desafios para as organizações nesse contexto. O encontro contou com um café da manhã e foi realizado especialmente para empresas associadas à Abrig, no Kubitschek Plaza Hotel, em Brasília.


A mesa de debates foi composta por Stella Matos, mestre em Economia do Setor Público e gerente executiva na Secretaria Executiva do Banco do Brasil; Rafael Favetti, mestre em Ciência Política e sócio da FSA Inteligência Política; e Leonardo Barreto, doutor em Ciência Política e diretor da área de research, pesquisa e análise de risco político da Vector Relações Governamentais.


“Ao realizar este encontro, nós temos a possibilidade de apresentar e debater sobre diferentes pontos de vistas para, a partir daí, construir uma percepção mais completa e realista daquilo que está acontecendo na política”, disse Barreto. Na ocasião, ele dissertou sobre a configuração dos cenários políticos a partir das novas alianças formadas para a eleição deste ano, sobretudo, após o fechamento da janela partidária.


Favetti abordou a temática dos desdobramentos econômicos, sociais e jurídico-legais. Após a análise elaborada pela FSA Inteligência Política, ele discorreu sobre os possíveis cenários a partir de 2023. De maneira geral, segundo ele, os campos social e legal dependem diretamente do resultado das urnas. Já no econômico, o mercado interno será impactado pela eleição, ao contrário dos investidores estrangeiros que aportam recursos financeiros no Brasil.


Em sua fala, Stella Matos explanou sobre o tema compliance e relações institucionais e governamentais (RIG). Segundo ela, ainda não há muita clareza em como as organizações podem agir em ano eleitoral de acordo com as regras de boa governança. Por conta disso, é preciso que os profissionais de RIG tenham cautela e ajam de maneira transparente. Para Stella, o debate estruturado acerca da regulamentação da atividade gera mais segurança para sua prática profissional.


O evento contou com mais de 40 participantes, entre diretores e conselheiros da Abrig e representantes de instituições associadas à entidade. Para a presidente Carolina Venuto, o principal objetivo do Diálogo Abrig é iniciar um debate técnico e imparcial sobre o cenário eleitoral, levando em consideração a relevância dessa temática para os profissionais que atuam nas análises políticas ou nas relações institucionais e governamentais de diversos setores. 



Retomada dos eventos presenciais


Após dois anos promovendo regularmente espaços de discussão virtual sobre políticas públicas e relações institucionais e governamentais, a Abrig inicia a retomada dos encontros presenciais. Os participantes do Diálogo Abrig falaram sobre a importância dessa reintegração social. Marcos Lima, dirigente da FIESP e vice-presidente da Abrig comentou sobre a alegria de voltar à convivência dos colegas. “A Abrig inova em fazer um evento presencial desse, com uma discussão tão importante e que interessa a sociedade como um todo, mas essencialmente, o setor privado”. Segundo ele, a eleição de 2022 passa pela discussão sobre uma nova revolução industrial, que gere mais empregos e melhores salários, a partir do alinhamento de debates entre os setores público e privado.


Guilherme Cunha, membro do Conselho Superior da Abrig e ex-presidente da associação, parabenizou a diretoria da entidade pela promoção do primeiro encontro voltado para associados pessoa jurídica. “Esse foi mais um evento de muitíssima qualidade no sentido de proporcionar conhecimento, algo tão importante para nós que vivemos esse mundo político e, consequentemente, de eleições”.


Para o conselheiro superior da Abrig, Ruy Coutinho, embora a entidade tenha trabalhado bem à distância durante a pandemia, o Diálogo Abrig foi um marco importante, tanto pelo reencontro quanto pela discussão abordada. “A Abrig teve muito a ganhar com esse evento, que reuniu profissionais de altíssimo grau de conhecimento e equilíbrio em seus pontos de vista”, comentou.


“A grande expectativa é que os associados da Abrig consigam elaborar seus próprios cenários a partir do resultado que vier das eleições e, a partir disso, os profissionais de RIG consigam planejar sua atuação”, encerrou Rafael Favetti sobre os resultados esperados a partir da realização do Diálogo Abrig.

*Os conteúdos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Abrig.  

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