Otimismo, apesar de tudo

Há várias maneiras de se enxergar o presente e o futuro num mundo globalizado e às voltas com uma epidemia que não escolhe a quem atacar, pobres, ricos, desenvolvidos ou não, foram e são atingidos igualmente.

A pandemia afeta econômica e socialmente todo o planeta e isso levará forçosamente a uma remodelagem global em todas as suas nuances. Há a visão pessimista, de terra arrasada; há as moderadas e indecisas; e as otimistas, de que mais essa lição pode encaminhar o mundo para o ambiente amigável e colaboracionista no gerenciamento de desafios, crises e soluções.


Nós, da ADIAL BRASIL, preferimos uma visão mais otimista. Se é certo de que a epidemia afetou nações, sociedades e as economias em todo o mundo, principalmente a economia informal no caso brasileiro, também é verdadeiro que a escalada cria maneiras de se reconstruir melhor, tanto o indivíduo, quanto a sociedade em todos os seus setores, com um olhar para a frente numa ampla gama de questões, conforme o recente relatório do Fórum Econômico Mundial, “Challenges and Opportunities in the Post – COVID-19 World”.


É um grande ensejo para os tomadores de decisão terem uma visão abrangente das mudanças esperadas de longo prazo e inspiração para aproveitar as oportunidades que esta crise oferece para melhorar o estado do mundo.


O estímulo a um futuro melhor pós-pandemia deve, obrigatoriamente, incluir o desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas de forma sustentável pelo prisma econômico, um dos principais focos da ADIAL BRASIL. Igualmente, dentro da filosofia da associação, os investimentos pós-pandemia devem ser ambiciosos, com políticas públicas orientadas para o crescimento equilibrados dos estados brasileiros. Mais do que isso, para a promoção das isonomias social e econômica entre as nossas diversas regiões.


Embora pareça deboche, na realidade, o Brasil e os brasileiros são especialistas em crises. Há de se considerar que, às vezes é necessário mais uma para nos forçar a nos adaptar e adotar mudanças. Foram tantas por aqui, que já virou lugar-comum. Mas, desta vez, esperamos que diante deste quadro lamentavelmente triste, de milhares de vidas ceifadas, aprendamos definitivamente a lição.


Sabemos que a pandemia atacou com mais violência os mais economicamente vulneráveis, da mesma forma que atacou aqueles com debilidades preexistentes de saúde. E essa parte economicamente vulnerável da população é a menos capaz de suportar crises como a atual. E a maneira mais correta, eficaz, de resultados práticos e imediatos para enfrentar o desafio, é a promoção do desenvolvimento regional sustentável.


Apesar dos pesares e dos elevados custos, não podemos deixar de reconhecer que a vida está nos dando mais uma chance de repensar os nossos rumos.


Herculano Anghinetti é presidente-executivo da ADIAL BRASIL.


*Os conteúdos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Abrig.  


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