Soft power, multiplataformas, gestão do capital intelectual

Em entrevista a coordenadora do Comitê, Katiane Gouvêa, Edde falou sobre soft power, multiplataformas, gestão do capital intelectual e da Firjan.

ABRIG: Como analisa as produções nacionais e o soft power?


LEONARDO EDDE: Há muito o que fazer para alcançar os EUA e Inglaterra, que trabalharam e continuam trabalhando com seu softpower. A China trata a indústria criativa com relevância. O Brasil tem um conhecimento muito raso do softpower. Entendo a indústria criativa como uma indústria de liderança. Imagem, o modo de viver, a cultura por meio dela, e a partir disso, vendemos turismo, produtos, modo de vida. É uma venda subjetiva, não é uma venda da publicidade tradicional.


ABRIG: A Firjan é referência na indústria criativa. O que esperar da Firjan nos próximas anos?


LEONARDO EDDE: Somos uma indústria 4.0 desde sempre. Em 2020, criamos o Conselho Empresarial para comprovar a importância da indústria. Trabalhamos em um projeto de softpower que trata da regulação, formação e capacitação dos empresários e poder público, infraestrutura no Rio de Janeiro e a comunicação para levar uma nova narrativa. O softpower é bom para todas as pessoas e indústrias.


ABRIG: Existe desconhecimento sobre a gestão de direitos, sua rentabilização. Por onde começar?


LEONARDO EDDE: Começa no entendimento da sua importância. Até artistas incríveis, muitas vezes não entendem o potencial do capital intelectual. A gestão de direitos é fundamental. Quanto a questão financeira, somos uma indústria de compra e venda de direitos, sem querer resumir demais. Entender a importância e o tamanho é o primeiro ponto.


ABRIG: Você é engajado na formação de novos profissionais e talentos. Qual a sua motivação?


LEONARDO EDDE: Conseguir fazer um mundo melhor. Eu vivo para isso e a indústria criativa tem essa responsabilidade. O que eu faço é para que as pessoas absorvam e descubram a indústria criativa do jeito que eu descobri.


ABRIG: Qual sua visão sobre a economia criativa e as multiplataformas de divulgação?


LEONARDO EDDE: A democratização do conteúdo precisa existir. O audiovisual é uma ferramenta, para o bem e para o mal. Precisamos distribuir conteúdo de relevância, entretenimento e formação. Cada janela que surge traz, por outro lado, alguns problemas. Você não consegue ter uma qualidade de conteúdo uniforme, você tem todo e qualquer tipo de conteúdo. É um risco que existe.


Leonardo Edde é presidente o Conselho Empresarial da Indústria Criativa da Firjan e do SICAV. 


*Os conteúdos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Abrig.  


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