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o dia 13 de novembro finalizou a COP 26, agendada para o período de 31 de outubro a 12 de novembro. O atraso foi necessário para fechar os acordos que poderão mudar os rumos da história da humanidade. Durante os trabalhos, foi possível reconhecer os esforços dos países em negociar, tratar e tentar construir soluções para as questões climáticas.
Especialistas e a imprensa de todo o mundo realizaram uma intensa e competente cobertura destacando vários pontos negativos e críticas, mas também buscando retratar os esforços para se atingir bons termos e compromissos de forma correta e diversa.
Em concordância a essas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu a limitação e insuficiência do que foi feito nos dias de Conferência, afirmando que foi “passo importante, mas não o suficiente”.
Diante do alarmante cenário atual de mudanças climáticas, devemos reconhecer a relevância que os compromissos assumidos durante a COP26 sejam cumpridos com extrema responsabilidade dos países. Nesse cenário, vale ressaltar os países ricos, que até agora não tem cumprido as ações de mitigação prometidas no Acordo de Paris. É essencial que esses países saiam da posição de discursos e cumpram, de fato, os acordos, em especial os investimentos para conversão à economia verde.
Apesar das críticas e desapontamentos da COP 26, podemos destacar importantes resultados da Conferência: O nível de autocrítica mundial sobre a atuação do ser humano e sua responsabilidade perante as questões da natureza, em especial as climáticas; as negociações de mais de 40 países para abandonar o minério, um dos maiores geradores de emissões de carbono; Promessas de redução de metano e gases de efeito estufa por parte dos EUA e União Europeia, até 2030; acordo de empresas para encerrar vendas de motores de combustão interna até 2040, mundialmente; aliança entre Irlanda, França, Dinamarca e Costa Rica para parar a exploração e extração nacional de petróleo e gás.
As oportunidades da regulação e desenvolvimento do mercado de negócios sustentáveis são importantes, também, para as atividades de Relações Institucionais e Governamentais – RIG. A COP 26 foi palco e grande evento para o exercício pleno das competências de RIG em um tema de alta complexidade, interesses difusos e variáveis de difíceis soluções. Assim, foi possível enxergar, na COP 26, grande oportunidade para as RIG e para a regulação desses temas no Brasil.
Comitê de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Abrig.
Eduardo Fayet - Diretor Executivo da Abrig.
Gabriella Coletto Suriano - Analista de Projetos na New Investments.