Articulação positiva entre o setor privado e as políticas públicas

Abrig: Quais as perspectivas de desenvolvimento para o seu setor de atuação pós pandemia?

Bruno Goytisolo: O segmento de seleção de executivos (headhunting) ficou bastante aquecido no contexto da pandemia. As empresas buscaram adequar as suas estruturas organizacionais e rever o desempenho de seus times nesse novo cenário. A partir desse movimento, as empresas foram ao mercado buscar profissionais que transitassem bem nesse ambiente corporativo desafiador.

O setor público também tem buscado profissionalizar a seleção de executivos, especialmente no nível executivo (C-Level), uma vez que critérios técnicos têm sido fundamentais para o exercício de uma boa governança.

A perspectiva é que o segmento continue aquecido, em razão da permanência do desafio de identificar profissionais estratégicos para as empresas, seja no setor público ou na iniciativa privada.

Revista Abrig: Como a COP 26 e os desafios ambientais impactam 2022 e 2023?

Bruno Goytisolo: A crise climática é um problema da humanidade e impacta a todos. Os esforços para reverter o cenário devem ser assumidos pelos governos, indústrias, empresas e indivíduos. Nesse sentido, o exemplo das boas práticas deve ser continuamente promovido, de forma a incentivar a mudança de comportamento coletivo, impactando a consciência quanto ao padrão de consumo e ao meio ambiente. 

Revista Abrig: Como as Relações Institucionais e Governamentais podem ajudar nos desafios que estão por vir no seu setor de atuação?

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O trabalho de suporte e orientação, quanto às decisões relacionadas às boas práticas de ESG, estão diretamente ligadas ao trabalho de Relações Governamentais, no sentido de promover a articulação positiva entre o setor privado e as políticas públicas. O incentivo de soluções inteligentes que tragam benefícios a todos pode ser provocado pela interação público-privada de maneira ética e transparente. Exemplificando, a implantação de programas conjuntos com foco em reinserção ao mercado de trabalho, combate ao desemprego e à fome. Outro exemplo seria a implantação de cidades inteligentes por meio de soluções tecnológicas de drenagem e saneamento, uma vez que os grandes centros urbanos possuem grandes desafios. Os profissionais de RIG podem ser agentes de transformação nessa interação público-privada.

Bruno Goytisolo é sócio-diretor da Véli Soluções em RH.