Secretário da Reforma Tributária reconhece a importância do profissional de RIG na tramitação da proposta

“Os profissionais de Relações Institucionais e Governamentais certamente têm papel muito importante para trazer esse lado de racionalidade para dentro do debate sobre os impactos da reforma tributária”.

Em entrevista à Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais - Abrig, o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, falou sobre a contribuição da reforma para a reindustrialização do país, os entraves políticos enfrentados no Congresso Nacional e a atuação dos profissionais de RIG nesse processo. Appy esteve presente no Diálogo Abrig, evento exclusivo para associados Pessoa Jurídica da entidade, que reuniu cerca de 40 pessoas na tarde desta terça (28), em Brasília/DF, para debater sobre o tema. 


Abrig: Como a reforma tributária pode contribuir para a reindustrialização e o fortalecimento econômico do Brasil?


Bernard Appy: A reforma tributária corrige distorções que existem, hoje, no sistema tributário brasileiro e prejudicam a competitividade de todos os setores da economia, mas o setor mais prejudicado é a indústria, que é o setor em que a concorrência internacional é mais acirrada e que mais sofre com a cumulatividade, que onera investimentos e tira a competitividade da produção nacional. Desse ponto de vista, a reforma tributária da tributação do consumo é, sim, uma das agendas mais importantes para a reindustrialização do Brasil.


Abrig: Como a atuação dos profissionais de Relações Institucionais e Governamentais pode auxiliar na tramitação da reforma tributária no Congresso Nacional?

Bernard Appy: Eu acredito que o debate informado sobre os efeitos da reforma tributária é a melhor forma de chegarmos a um bom desenho para aprovar a reforma. Desse ponto de vista, os profissionais de Relações Institucionais e Governamentais certamente têm papel muito importante para trazer esse lado de racionalidade para dentro do debate sobre os impactos da reforma tributária.


Abrig: Quais os principais impasses políticos que afetam a tramitação da reforma tributária no Congresso Nacional atualmente?


Bernard Appy: No Congresso Nacional existem duas ordens de resistência à reforma tributária. A primeira ordem é setorial. Alguns setores acham que serão prejudicados pela reforma, mas não serão, porque a reforma tributária é positiva para a economia como um todo. Ela será melhor para alguns setores; será boa - embora não tanto - para outros, mas ela é positiva para todos os setores. E a segunda ordem é uma resistência federativa dos grandes municípios. Eu acredito que vamos superar essas duas resistências com uma boa negociação política e com alguns ajustes no texto. Com isso, nós conseguiremos, sim, aprovar a reforma tributária no Brasil.


Confira aqui a matéria sobre o Diálogo Abrig - Reforma Tributária.


*Os conteúdos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Abrig.  

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