Todo jovem começa a faculdade cheio de sonhos profissionais. Atuar no mercado de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) não é diferente. Os jovens profissionais buscam na política a possibilidade de transformar a realidade do país.
Dentro do mundo político há várias formas de contribuir com a construção de políticas públicas. Ela não se restringe somente aos parlamentares, governo e setor público, como é de conhecimento de grande parte da sociedade brasileira. Há uma gama de possibilidades de atuação enquanto representantes e intermediadores do relacionamento com o governo, responsável por, dentre outras funções, implementar as políticas públicas. Esse espaço que chamamos de RIG ou diplomacia corporativa existe dentro de empresas, entidades de classe, organismos nacionais e internacionais, instituições e afins.
Enquanto coordenadora do Comitê Jovem RIG da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais - Abrig, confesso que durante a minha graduação em relações internacionais, realizada em Brasília - capital e epicentro da política - pouco fui instruída sobre as possibilidades de atuação dentro desse mercado. Fiquei deveras surpresa com o leque de oportunidades que há para atuar na defesa de interesses em cada segmento que compõe a economia e a sociedade brasileira. Foi incrível descobrir que meus conhecimentos em relações internacionais e toda a sua multidisciplinariedade se encaixavam com a demanda de alta versatilidade e dinamismo que a profissão em RIG requer.
Ao aceitar o desafio de liderar o grupo de jovens dentro da Abrig, aceitei a missão de levar para os estudantes universitários todas as possibilidades que existem em atuar nos bastidores da política. Buscamos sempre apresentar as possibilidades de trabalhar na área com que você mais se identifica, uma vez que há demanda por profissionais em RIG em praticamente todos os segmentos - saúde, tecnologia, educação, bancos, infraestrutura, mineração, energia e até mesmo em favor de causas sociais, como imigração e combate à desigualdade social.
Além desse leque de possibilidades, a profissão também requer toda a seriedade e responsabilidade necessária, pois o impacto das políticas trabalhadas no Congresso Nacional repercutirá em segmentos da sociedade ou em todo o país.
Como exemplo prático, comentamos frequentemente no Comitê sobre o livro “Mentores em Relações Institucionais e Governamentais”, a fim de apresentar aos jovens a atividade, além de dar dicas e conselhos profissionais. A obra foi uma iniciativa do Comitê Jovem RIG em parceria com o Comitê Abrig Mulher. Eu tive a honra de participar da organização e edição do livro e foi uma alegria conseguir quase a mesma quantidade de relatos de profissionais mulheres quanto de homens.
O principal asset da atividade de RIG é a sua reputação, ou seja, você é o seu próprio produto, e a construção de bons relacionamentos é primordial para se manter e crescer nesse mercado. Particularmente, o que acho mais interessante é o exercício de humildade que a área requer dos jovens profissionais, visto que a atividade é muito dinâmica e os cargos e papeis mudam constantemente. O seu colega de hoje pode ser o deputado ou o secretário de algum ministério importante amanhã.
Nesse sentido, reforço o papel fundamental do Comitê Jovem RIG na carreira dos novos agentes de Relações Institucionais e Governamentais, pois ele apresenta os diferentes segmentos e amplia as possibilidades de atuação profissional na área.
Kathleen Oliveira é formada em Relações Internacionais com especialização em Diplomacia Corporativa. Atualmente, é coordenadora do Comitê Jovem RIG e atua como analista de relações institucionais e governamentais na Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais.