Como era esperado, os dois primeiros dias da COP-26 trouxeram grande atenção da comunidade internacional; atenções tanto positivas quanto negativas. Negativas pela ausência dos líderes de nações chave no combate ao aquecimento global, como China (maior emissor de gases do efeito estufa), Rússia (um dos maiores produtores de óleo), Turquia e Brasil. Além disso, o abandono da Ministra israelense Karine Elharrar, da COP 26, pela condenável falta de estrutura de acessibilidade, expôs a falta de cuidado da organização do evento.
Já sobre as atenções positivas, importantes metas e compromissos foram sinalizados. O primeiro deles é em relação ao combate ao desmatamento florestal: Mais de 100 países, incluindo o Brasil, se comprometerão em deter – e reverter – a perda florestal e a degradação da terra, até 2030, endossando a chamada Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso do Solo. O compromisso será apoiado por aproximadamente £ 14 bi, os quais virão de fundos públicos e da iniciativa privada.
Em esforços liderados pelos EUA e pela União Europeia, 103 países, incluindo o Brasil, se comprometeram em realizar cortes nas emissões de metano de 30%, até 2030. O Global Methane Pledge passa a incluir metade dos 30 principais emissores de metano do Planeta. Destaca-se que, dos BRIC, apenas o Brasil assinou o documento.
Ao se colocar como um interlocutor participativo e colaborativo, abandonando a retórica de conflito, o Brasil tem recebido uma boa resposta da comunidade internacional. Ao anunciar que o país traçou a meta de reduzir em 50%, até 2030, a emissão de gases poluentes; de zerar, até 2028, o desmatamento ilegal; e de alcançar, até 2050, a neutralidade de carbono, o Ministro do Meio-Ambiente, Joaquim Leite, voltou a nos trazer à mesa de negociações. Sinal disso foi o aceno que o enviado especial do governo americano para o clima, John Kerry, deu ao elogiar as metas brasileiras.
Fontes: G1 e BBC Brasil